Você está pensando em fazer um implante dentário, mas está receoso em relação às contraindicações desse procedimento? Então, este artigo é para você!
Os avanços vistos no design de implantes dentários e técnicas cirúrgicas mostram que há poucas contraindicações para se realizar um implante dentário.
IMPLANTE DENTÁRIO: HOJE EM DIA, ESSE PROCEDIMENTO É MUITO SEGURO
A crença comum de que a falta de osso impede a colocação de implantes dentários caiu por terra.
Com os avanços vistos em relação ao uso de materiais e técnicas de enxerto ósseo, a falta de osso não é mais uma contraindicação.
A idade avançada também não é uma contraindicação.
Os consultórios odontológicos renomados realizam o procedimento de implante dentário com sucesso em pacientes com mais de 80 anos e eles têm sido muito bem-sucedidos.
Deve-se lembrar, no entanto, que técnicas cirúrgicas delicadas e meticulosas são de suma importância, visto que os pacientes idosos necessitam de um período de cicatrização óssea um pouco mais longo.
O QUE CONSIDERAR AO FAZER UM IMPLANTE DENTÁRIO?
Vamos ver, a seguir, as categorias de pacientes que requerem considerações especiais antes de realizar um implante dentário.
- Diabetes não controlado;
- Fumantes inveterados;
- Pacientes que façam radioterapia de cabeça e pescoço para tratamento de câncer;
- Pessoas que usam bisfonatos para tratamento de câncer de mama e osteoporose.
Diabetes não controlado
Os pacientes que estão com o diabetes não controlado acabam por ter uma cicatrização prejudicada e isso pode significar riscos aumentados de infecção da ferida.
É bom lembrar que um paciente é considerado diabético se o nível de açúcar no sangue for superior a 120 mg/dl.
Um implante dentário pode ser feito em pacientes com diabetes leve (<150 mg/dl) e moderadamente diabéticos (< 200 mg/dl).
São inúmeras as técnicas, bem como o uso de antibióticos quando se faz um implante dentário.
Dá-se preferência à sedação para procedimentos de implante dentário avançado realizado em pacientes diabéticos.
A terapia com insulina deve ser ajustada para metade da dose na manhã da cirurgia.
Para os pacientes que estão com açúcar no sangue em jejum oscilando de forma descontrolada, e muitas vezes excedendo 250mg/dl, os procedimentos de implante dentário não devem ser realizados.
Implantes dentários em fumantes
De modo geral, os fumantes têm um grande número de problemas clínicos, incluindo taxas mais altas de diabetes, osteoporose e ataques cardíacos.
Assim sendo, não é surpreendente constatar que fumantes apresentam maiores taxas de complicações com implante dentário.
O risco de falhas em fumantes é maior no primeiro ano, com pequenas diminuições nas taxas de falhas até cinco anos após a instalação do implante.
A maioria dos estudos mostrou que a taxa de falha de implantes em fumantes é duas vezes maior do que em não fumantes.
Já os fumantes mais “controlados” (por assim dizer) apresentam riscos semelhantes de falhas de implante dentário. Porém, quem fuma mais de 20 cigarros por dia apresentam um risco maior de complicações.
Fumantes também apresentam maior incidência de inflamação gengival (peri-implantite) e maiores taxas de complicações em enxertos ósseos para implantes dentários.
Os pacientes fumantes até podem realizar o tratamento com implante dentário, mas precisam estar cientes que o risco de falhas nesse tipo de procedimento é grande.
Os fumantes são aconselhados a parar de fumar durante o período de cicatrização e, sempre que possível, antes da colocação do implante dentário.
Pacientes submetidos à radioterapia para tratamento de câncer
Com o aumento das taxas de sobrevida a longo prazo dos pacientes que se submeteram à radioterapia de cabeça e pescoço para tratamento de câncer, as necessidades de implante dentário são cada vez mais consideradas.
Devido à saúde delicada desses pacientes, o tratamento com implantes dentários deve ser feito por especialistas em odontologia experientes.
Jamais um implante dentário deve ser feito como parte das práticas odontológicas gerais de rotina.
A dosagem de radiação é um fator considerado de extrema importância, porque doses de radiação entre 48-65Gy produzem muito poucas falhas nesse tipo de procedimento.
Em doses acima do efeito de radiação cumulativa de 120 Gy, existem altas taxas de falha de implante dentário.
De preferência, o implante dentário deve ser feito antes da radioterapia para que se obtenha melhor cicatrização.
Estudos têm demonstrado que implantes dentários colocados antes da radioterapia apresentam menor índice de insucesso.
Pacientes em terapia com bisfosfonatos
Os bisfosfonatos orais são comumente prescritos para o tratamento da osteoporose.
Estudos mostraram que alguns pacientes em uso de bisfosfonatos orais desenvolvem osteonecrose dos maxilares (síndrome de cicatrização retardada).
Isso está geralmente relacionado a algum trauma cirúrgico no osso da mandíbula.
No entanto, a incidência é baixa, ao contrário dos bisfosfonatos intravenosos.
Embora os implantes dentários não sejam contraindicados para pacientes em uso de bisfosfonatos orais, o procedimento cirúrgico deve ser feito com muita cautela.
Pesquisam mostram que um implante dentário realizado em pacientes que estão usando bifosfonatos orais não são contraindicados, pois o risco de desenvolver osteonecrose é pequeno.
Entretanto, os implantes dentários são definitivamente contraindicados em pacientes que usam bisfosfonatos IV.
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